Pelo menos nos últimos 60 anos, as atividades humanas, em especial, o grande consumo de combustíveis fósseis, acabou liberando enormes quantidades de CO2 e de outros gases. Isso é suficiente para reter ainda mais calor nas camadas mais baixas da atmosfera, alterando o clima global. Com a crescente escalada da poluição no mundo inteiro, médicos e empresas começam a preocupar-se com seus efeitos, o que inclui as doenças respiratórias.
Os fatores de risco da poluição e mudança climática
Com o processo da industrialização e da urbanização intensificou-se ainda mais a poluição e, consequentemente, aumentaram os riscos para a saúde ambiental e das pessoas, como o surgimento das doenças respiratórias. A poluição do ar é um fenômeno crescente e parece não ter freios. Seja por contaminação por chumbo, falta de abastecimento de água, de saneamento básico e higiene é até mesmo lixo de resíduos perigosos que causam doenças fatais.
Toda essa carga gera condições de vida tão prejudiciais que médicos estão cada vez mais preocupados em como as políticas públicas devem se empenhar junto à sociedade civil para tratar do caso. De fato, a poluição dificulta até mesmo o crescimento econômico. Aqueles que mais sofrem são as camadas mais baixas da população, que são incapazes de se proteger dos impactos negativos da poluição, contraindo toda sorte de moléstias e doenças respiratórias sérias.
Risco de mortalidade
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é estimado que cerca de 12 milhões de pessoas morrem todo ano por causa desses riscos. E a poluição do ar tornou-se um dos principais fatores de risco devido à exposição contínua. Mas, embora o problema da poluição seja no mundo inteiro, os impactos afetam de forma desproporcional os países em desenvolvimento.
A mudança climática, por outro lado, influencia e interage com a poluição do ar, sendo determinante onde antes havia ar limpo, água potável e agricultura sustentável. Percebe-se que o número de desastres naturais relacionados à mudança climática e poluição vem crescendo em números desde a década de 1960.
O problema da variabilidade de chuvas vem afetando o fornecimento de água potável, e isso traz consigo a escassez, pondo em perigo a saúde das pessoas. Segundo os dados da OMS, até o final do século 21, as mudanças climáticas provavelmente aumentarão a frequência e a sua intensidade gerando impactos graves a toda humanidade.
Os problemas de saúde relacionados à poluição
Os altos níveis de poluição atmosférica podem afetar drasticamente as funções orgânicas pulmonares e desencadear doenças respiratórias, como a asma e bronquite crônica. A poluição do ar também aumenta em grande número o risco de doenças cardiovasculares agudas, como o infarto, doenças arteriais e outras.
Àquelas pessoas que vivem em áreas com grande volume de tráfego de veículos, especialmente as que convivem cotidianamente em micro-atmosferas nas quais o ar permanece estagnado, correm já um risco muito elevado. Todos os chamados poluentes, como os óxidos de enxofre, ozônio, monóxido de carbono e chumbo, causam, inevitavelmente, uma hiper reação das vias aéreas, causando sérias doenças respiratórias.
Doenças respiratórias mais comuns
De forma geral, os sintomas respiratórios, dos mais complexos aos mais simples, revelam fatores em comum em suas fases iniciais. Entre os sintomas mais comuns encontrados nos ambulatórios de hospitais e clínicas, relacionadas aos poluentes estão:
- falta de ar;
- boca seca;
- queimação na garganta;
- dificuldade para respirar;
- tosse seca ou com catarro;
- sensação de aperto no peito;
- chiado ao respirar;
- dor nas costas;
- congestão nasal;
- coriza.
Principais doenças
Estes são apenas alguns dos sintomas mais comuns relatados nos pronto-socorros e emergências. No entanto, com os altos níveis de poluição que afetam as funções pulmonares, desencadeando doenças respiratórias, podemos citar:
- Asma: e exacerbações da DPOC aumentam o risco de câncer de pulmão.
- Eventos cardiovasculares graves: infarto do miocárdio e doença coronariana.
- Inflamação das vias respiratórias: pelo óxido de enxofre aumentando o risco de bronquite crônica e broncoconstrição.
- Rinite: doença alérgica que se manifesta nos olhos e no nariz.
- Bronquite: como a rinite, se desenvolve de alergias e causa a inflamação aguda ou crônica dos brônquios.
- Câncer de pulmão: das doenças respiratórias mais graves, sendo uma das que mais mata por causa da poluição do ar.
Com isso em mãos, o médico terá um diagnóstico do histórico de exposição e desses sintomas iniciais da pessoa, realizando para isso, testes de função pulmonar. Ele investigará essas pessoas com doenças respiratórias, se seus sintomas se agravam quando expostos à poluição do ar.
Consequências da poluição
Entre outras principais consequências da poluição na vida das pessoas podemos citar:
- Problemas de saúde mental.
- Aumento do diabetes tipo 2.
- Acidente vascular cerebral.
- Problemas de segurança alimentar.
- Morte prematura de bebês.
O efeito da poluição em populações mais vulneráveis como as crianças é sério, pois, põe em risco as atividades cerebrais que ainda estão em pleno desenvolvimento. Da mesma forma que as mulheres grávidas que respiram ar contaminado, os seus filhos também sofrem, podendo causar inflamações, doenças respiratórias, estresse oxidativo e lesões vasculares no cérebro do feto.
O papel dos médicos
Como forma de prevenção, os médicos orientam seus pacientes que sigam as recomendações feitas pelas agências de saúde, ao limitar a exposição aos gases e poeiras. Àquelas mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com asma, devem evitar fazer exercícios ao ar livre quando o ar apresentar tais níveis elevados de poluentes.
As condições climáticas possuem uma grande influência nas doenças respiratórias, que são transmitidas ou pela água ou por insetos. E também a medição dos efeitos na saúde das pessoas pelas mudanças climáticas pode ser apenas aproximada.
Alta de contaminações
Os médicos e a OMS alertam que as contaminações afetam todas a população tanto no campo quanto na cidade. A poluição contribui para o aumento de doenças transmitidas pelos alimentos, como em chuvas pesadas, inundações que disseminam bactérias fecais e vírus etc.
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Assim, ações que as empresas e médicos profissionais podem tomar para reduzir o impacto ambiental são sempre bem-vindas neste contexto. Uma preocupação geral em todas as empresas é sobre a redução do impacto ambiental e fazer cumprir o seu compromisso social. Entre estas ações, enfatiza-se:
- Uso eficiente de energia: com auditorias energéticas.
- Gerenciamento da água com responsabilidade: buscando novas oportunidades para melhorar seu desperdício.
- Otimização das embalagens de produtos: como materiais mais biodegradáveis.
- Melhoria na gestão de materiais perigosos e resíduos.
- Sensibilização e treinamento para colaboradores.
- Redução imediata da carga de poluentes.
Alternativas para driblar as doenças respiratórias
Se as pessoas envolvidas nestes processos considerarem o meio ambiente em seus meios, uma parte importante da gestão de seus trabalhos será abraçada com verdadeiras soluções. Essas soluções para o problema da poluição e das doenças respiratórias ainda podem levar tempo para se tornarem efetivas.
Recentemente uma campanha, chamada Cidades sem Máscara, criada por médicos e profissionais de saúde mobilizou milhares de pessoas em combate à poluição em 10 cidades dos quatro continentes, pensando nesse problema globalmente com o objetivo de combater a poluição do ar.
Iniciativas como essa, que mobilizam os setores da saúde e das empresas estão cumprindo sua parte de responsabilidade para qualidade do ar, estimulando as pessoas a adotarem medidas mais efetivas para a redução da poluição e das doenças respiratórias.
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