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Gliomas Pediátricos: do diagnóstico à conduta Médica na Neurologia

Os gliomas formam a maioria dos tumores primários originados no parênquima encefálico. Esses tumores apresentam características histológicas semelhantes às de células gliais, presentes no sistema nervoso central. 

Tumores como os gliomas são mais frequentes em crianças e adolescentes, representando um percentual de 6% do total de tumores da população geral. Contudo, tais neoplasias apresentam grande importância na mortalidade e morbidade de crianças, visto que são tumores mais comuns de neoplasia sólida até os 19 anos. Ou seja, os gliomas representam a principal causa de morte por câncer nessa faixa etária, superando até mesmo a leucemia. A seguir, acompanhe mais sobre este assunto, desde o diagnóstico até a conduta do neurologista para o tratamento do paciente com gliomas. 

O que são Gliomas Pediátricos?

Os gliomas são um tipo comum de tumores originados no cérebro, representando 33% deles. Eles se originam em células gliais, e são chamados de tumores cerebrais intra-axiais devido ao seu crescimento dentro da substância do cérebro, e também pela frequência com que se misturam com o tecido normal do cérebro.

Quais os tipos de Gliomas Pediátricos?

Os gliomas são desenvolvidos em diferentes tipos. O mais comum é o astrocitoma pilocítico, principalmente em crianças e adolescentes. Esse tipo de tumor afeta a célula glial com nome astrocita, estrutura incumbida de suportar os neurônios. De acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de glioma é classificado como de baixo grau, ou grau I. 

A incidência do astrocitoma pilocítico é maior na região do cerebelo. Contudo, esse tumor também se manifesta em outras partes do sistema nervoso central. Tal tumor corresponde a cerca de 20% dos tumores cerebrais pediátricos, sendo reconhecido por seu desenvolvimento lento.

Além dessa anomalia do astrocitoma, a célula astrocita pode sofrer alterações com outros tipos distintos e incomuns de tumores. Entre eles, o fibrilar, de grau II, e o anaplásico, de grau III. 

De modo geral, as anomalias se espalham por outras regiões do sistema nervoso central do paciente com facilidade e rapidez. Ainda existem outros tipos de gliomas, como o oligodendroglioma, que afeta as células nervosas que revestem neurônios, e os gliomas de vias ópticas, que acometem a visão.

Diagnóstico

O diagnóstico para os gliomas pediátricos é realizado com o auxílio de um breve exame físico. A avaliação deve envolver análise da coordenação, reflexos e sentidos da criança. O profissional deve investigar além do histórico médico da criança, também o histórico familiar, durante a conversa com os pais.

Quando está presente a suspeita de uma patologia mais complexa, o médico deve encaminhar o paciente para a realização de exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética. Se for confirmada a presença de um tumor cerebral, os exames deverão identificar uma massa ou lesão atípica. 

Em geral, os gliomas são diagnosticados em exames de ressonância magnética. Outra opção que também é utilizada é a biópsia, retirando uma parte do tumor para investigação por meio de análise microscópica. Desse modo, é possível avaliar o tipo de câncer encontrado. 

Terapias direcionadas 

O desenvolvimento do tratamento dos gliomas pediátricos considera a localização do tumor, os potenciais sintomas, benefícios e riscos das diferentes opções terapêuticas. O tratamento inicial consiste na cirurgia e exige uma craniotomia. 

Para chegar com precisão no local dentro do cérebro, permitindo o tratamento adequado, a craniotomia estereotáxica é uma aliada, usando a orientação de imagens de ressonância e tomografia.

Caso o glioma esteja próximo a regiões importantes, a cirurgia pode ser feita com uma ressonância magnética intraoperatória, assim como com um mapeamento intraoperatório do cérebro. Esse mapeamento pode ser realizado com a criança adormecida, acordada ou sedada. 

Em cirurgias em que o paciente é mantido acordado, o neurologista solicita que o mesmo siga algumas instruções, permitindo que o tumor seja removido e minimizando o dano potencial de áreas críticas. 

A sobrevida dos pacientes pediátricos com gliomas tem aumentado com o tempo devido à melhora no diagnóstico por meio de exames de imagem e tratamentos oferecidos adequadamente.

Contudo, ainda que ocorram avanços no resultado, os pacientes ainda podem apresentar algumas sequelas físicas, neurológicas, cognitivas e endocrinológicas, em razão dos gliomas ou mesmo do tratamento.

Dessa forma, é fundamental que o profissional fique atento às medidas que possam melhorar a qualidade de vida do paciente, acompanhando sua evolução regularmente, mesmo após o término do tratamento. 

Essa abordagem deve ser individualizada e deve contar também com equipe multidisciplinar, visto que é muitas vezes necessário reabilitação, fisioterapia, acompanhamento nutricional, fonoaudiólogo, entre outros.

Pós-graduação em Neurologia

Para o correto diagnóstico e tratamento de tumores como os gliomas pediátricos, o profissional deve estar qualificado e especializado. Para isso, a pós-graduação em Neurologia é uma das melhores formas de se preparar para atuar nessa área tão complexa da medicina.

Voltado para médicos que desejam atuar na área neurológica, a pós-graduação em Neurologia do IEFAP oferece amplo conhecimento em distúrbios neurológicos, doenças musculares, miopatias e elementos para atuar em situações de emergência. Tudo isso por meio de aulas ministradas por profissionais conceituados em um curso cadastrado e reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação).

A pós-graduação em Neurologia no IEFAP contribui para que o médico possa atuar de forma segura e qualificada, aplicando seus conhecimentos para o estabelecimento de diagnósticos ao utilizar métodos como o exame neurológico, desenvolver tratamentos adequados e reabilitar os pacientes oferecendo saúde e qualidade de vida.

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