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Neurologia: como o neurologista pode ajudar no tratamento da enxaqueca?

Caracterizada por sua intensidade elevada capaz de causar a sensação de dilatação nas laterais da cabeça, a enxaqueca é um distúrbio neuro vascular em que um dos principais fatores é a predisposição genética. Por atingir mais de 30 milhões de brasileiros ao ano, o tratamento da enxaqueca tem sido cada vez mais pesquisado. Consequentemente, apresentando novas alternativas para aqueles que sofrem com o distúrbio.

Com duração que pode variar entre 4 a 72 horas, a enxaqueca é a 3ª queixa mais frequente nas unidades de saúde. Isto é, representando 9,3% das consultas não agendadas em ambulatórios e afetando mais mulheres que homens.

No artigo de hoje, você poderá conhecer melhor esse distúrbio, diagnóstico e tratamento da enxaqueca. Confira!

Tipos de cefaleia 

Atualmente existem mais de 150 tipos diferentes de cefaleia. Em outras palavras, podemos dividir essas dores de cabeça entre dois grupos.

Um deles é o primário, em que a dor é a própria doença, visto que sem o tratamento da enxaqueca o distúrbio pode ser debilitante, ainda que não apresente nenhum risco para o portador.

Entre as mais comuns estão:

  • a enxaqueca;
  • cefaleia tensional, aura e em salvas;
  • e cefaleia crônica diária.

O grupo secundário é formado por dores de cabeça que acontecem devido às outras doenças, como:

  • tumores do sistema nervoso central;
  • acidente vascular encefálico;
  • ruptura de aneurisma;
  • trombose venosa cerebral;
  • e aumento da pressão intracraniana.

Fisiopatologia 

A enxaqueca é uma síndrome dolorosa neuro vascular com alteração do processamento neuronal central e comprometimento do sistema trigeminovascular.

São diversos os fatores que podem se tornar fatores desencadeantes para a enxaqueca, entre eles estão:

  • omissão de refeições;
  • estímulo aferente em excesso;
  • ingestão de bebidas alcoólicas;
  • alterações climáticas;
  • privação de sono;
  • situações de estresse;
  • alimentos, como o açúcar;
  • fatores hormonais;
  • traumatismos;
  • tumores;
  • aneurismas;
  • hipertensão intracraniana;
  • AVE;
  • trombose, e outros.

Fatores deflagradores da enxaqueca

As alterações dos níveis de estrogênio no organismo fazem parte de um grande fator deflagrador da enxaqueca. Por isso, a enxaqueca surge em muitas mulheres na menarca. Assim, atacando periodicamente na menstruação e piorando durante o período de menopausa.

Contudo, durante a gestação pode ocorrer uma remissão do distúrbio. Dessa forma, piorando após o parto, quando os níveis de estrogênio voltam a se alterar, diminuindo rapidamente.

Alguns contraceptivos orais e terapias hormonais também podem causar a enxaqueca, agravando-a. Esses medicamentos também têm sido associados a acidentes vasculares encefálicos em mulheres com enxaqueca aura.

Diagnóstico 

O responsável pelo diagnóstico e tratamento da enxaqueca é o médico neurologista, especializado em tratar distúrbios do cérebro, nervos, músculos e medula espinhal.

O diagnóstico adequado da doença deve excluir a presença de uma doença grave, ajudando o paciente a ter qualidade de vida e bem-estar com o tratamento da enxaqueca que possa contribuir com o alívio das dores.

Baseado no histórico médico, sintomas, exame físico e neurológico, o neurologista poderá realizar um diagnóstico preciso, entendendo as características das dores de cabeça, como frequência, severidade da dor e sintomas que podem acompanhá-la. 

Além disso, os efeitos que a enxaqueca pode causar em suas atividades cotidianas e se existe histórico de dores na família. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, alguns exames podem ou não ser utilizados para excluir outras causas e identificar as crises de enxaqueca, como:

  • ressonância magnética;
  • tomografia computadorizada do crânio;
  • exame de sangue e urina;
  • raio-X de seios da face;
  • exame oftalmológico;
  • eletroencefalograma;
  • punção lombar.

Tratamento da enxaqueca 

Quando as crises não são frequentes, o tratamento da enxaqueca escolhido pelo profissional pode ser o uso precoce de medicamentos específicos. A escolha adequada da substância poderá determinar se o paciente terá uma redução da dor rápida ou lenta. 

Alguns medicamentos usados atualmente foram descobertos há muitas décadas, assim como outros, mais modernos, também podem contribuir para o tratamento da enxaqueca, atuando de forma específica sobre os sistemas cerebrais que processam a dor. O neurologista é responsável por orientar as possibilidades ao paciente, assim como o uso dos medicamentos e quando seu uso deve ser evitado.

Contudo, quando as crises são mais frequentes, outros tipos de terapia devem ser considerados. O tratamento preventivo é uma delas, com medicações e ações que podem diminuir a frequência das dores, aplicando-os diariamente em determinado período.

As substâncias usadas para esse tipo de tratamento são originalmente produzidas para tratar outras finalidades, como depressão, convulsão e hipertensão arterial. No entanto, se mostraram eficazes também no tratamento da enxaqueca. 

Possibilidade de agravamento dos sintomas

Ainda existem casos em que o paciente apresenta episódios de enxaqueca que se transformam em crises diárias. Consequentemente,  causando uma condição que causa grande comprometimento da qualidade de vida do indivíduo.

Esse agravo na frequência das dores pode ocorrer por diferentes fatores, incluindo uso excessivo de analgésicos e transtornos emocionais. O tratamento de condições como essa é visto como uma situação mais difícil. Ou seja, deve ter a participação de um neurologista experiente no caso. Assim, ajudando a reconhecer e evitar possíveis gatilhos, além de reverter o abuso medicamentoso.

Como opções de tratamento para esses pacientes com enxaqueca diária estão, além de medicamentos preventivos, terapia cognitiva, exercícios que promovem o relaxamento e toxina botulínica.

No artigo de hoje, você pôde conhecer um pouco mais sobre o diagnóstico e tratamento da enxaqueca, observando a importância do neurologista na terapia de pacientes que sofrem com este distúrbio, de modo a promover qualidade de vida, saúde e bem-estar.

Sabia que a Pós-Graduação em Neurologia do IEFAP dará ao profissional médico a possibilidade de atuar tanto na área geral quanto na infantil? Ou seja, aplicando os conhecimentos obtidos para o estabelecimento de diagnósticos, tratamentos e reabilitação dos pacientes. 

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