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Traumas e Tumores do Sistema Nervoso Central: classificações e diagnóstico na Neurologia

Os tumores do sistema nervoso central (SNC) são resultado do crescimento de células anormais em tecidos localizados na região do cérebro e medula. O câncer do sistema nervoso central representa de 1,4 a 1,8% dos tumores malignos no mundo. Entre eles, 88% dos tumores do sistema nervoso central são desenvolvidos no cérebro. A seguir, conheça mais sobre este assunto na área da neurologia.

Traumas e tumores do sistema nervoso central: definição

Os traumas e tumores do sistema nervoso central são classificados em tumores primários e tumores secundários, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os tumores primários são aqueles que se originam de células do sistema nervoso central, e os tumores secundários, também chamados metastáticos, são aqueles originados por células de outros órgãos que se alojam secundariamente no SNC.

Classificação dos traumas e tumores do sistema nervoso central

Os tumores primários podem ser cancerosos ou não cancerosos. Já os secundários são tumores por metástase. Ou seja, são originados em outras regiões do corpo e espalham-se para o cérebro. Desse modo, tumores do sistema nervoso central secundários são sempre cancerígenos.

Tumores primários

Os tumores primários do sistema nervoso central formam um grupo extremamente heterogêneo, em que alguns deles apresentam comportamento lento e outros mais agressivos. Os tumores acometem frequentemente o encéfalo e meninges, no entanto, também são afetadas medulas, nervos cranianos e espinhais. Os tumores mais primários, são:

  • Gliomas (astrocitomas, oligodendrogliomas, glioblastomas) e ependimomas;
  • Meduloblastomas;
  • Meningiomas;
  • Neuromas acústicos.

Os gliomas são tumores responsáveis por 65% dos tumores do sistema nervoso central primários. Os traumas não cancerosos recebem o nome de acordo com as células ou tecidos específicos onde são originados. 

Tumores secundários

Os tumores secundários, ou metástases cerebrais, são traumas mais comuns que os tumores primários. Mais de 80% das pessoas com metástases cerebrais apresentam Metástases cerebrais são muito mais comuns do que tumores primários. Mais de 80% das pessoas com metástases cerebrais têm mais de uma metástase. Entre os tipos de câncer mais frequentes que podem se espalhar pelo cérebro, estão:

  • Câncer da tireoide;
  • Linfoma e leucemia;
  • Câncer de mama;
  • Câncer do pulmão;
  • Câncer do rim;
  • Melanoma.

Os linfomas cerebrais se tornam cada vez mais frequentes em pessoas com sistema imunológico debilitado, como aquelas com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), pessoas idosas e, por razões desconhecidas, entre pessoas com sistema imunológico sem alterações.

O tipo histológico dos tumores e a localização predominante variam de acordo com a idade e o sexo. Os gliomas, por exemplo, são mais frequentes em homens que mulheres. Já os meningiomas são mais comuns entre as mulheres.

Os meduloblastomas e astrocitomas são predominantes em crianças. Em adultos, os gliomas e meningiomas formam respectivamente entre 60 a 20% de todos os tumores do sistema nervoso central primários. 

Diagnóstico

Os tumores primários costumam ser restritos a região acometida e não atingem outros órgãos. Desse modo, exames para avaliar o comprometimento de outros locais (estadiamento sistêmico) raramente são necessários. No entanto, algumas lesões podem se disseminar pelo sistema nervoso central. Em casos como esse, é realizada a investigação complementar, incluindo medula e cérebro.

Os métodos diagnósticos mais empregados para a avaliação de pacientes com suspeita de tumores de sistema nervoso central são a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM), ambos utilizando o contraste.

A ressonância é escolhida, pois permite avaliar de melhor forma a extensão da lesão, assim como o envolvimento de estruturas anatômicas, possibilitando melhor planejamento cirúrgico.

Algumas sequências específicas dos exames, como a espectroscopia, podem oferecer informações adicionais sobre aspectos bioquímicos e metabólicos dos traumas e lesões. Estas, ao serem comparadas com tecido normal, são úteis para o diagnóstico diferencial.

Outra forma de auxiliar no diagnóstico é utilizando a ressonância para o estudo de perfusão, detectando o aumento de vascularização dos tumores do sistema nervoso central que, em alguns casos, podem ser mais agressivos. 

Contudo, mesmo com auxílio de exames como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, o diagnóstico definitivo deve ser estabelecido por meio de avaliação histopatológica do tumor, por biópsia ou ressecção do tumor.

Terapias direcionadas 

O tratamento dos tumores do sistema nervoso central envolve duas etapas: o tratamento sintomático, com objetivo de melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente, e o tratamento específico do tumor. 

As terapias habitualmente empregadas para os traumas e tumores do sistema nervoso central são a cirurgia, radioterapia (RT) e quimioterapia (QT), como forma de controlar o tumor.

A maioria dos pacientes inicia o tratamento com a cirurgia, procedimento essencial para o diagnóstico histológico e redução do volume do tumor. Contudo, desde que seja tecnicamente possível e com baixo risco de sequelas.

A radioterapia é usada como complemento da cirurgia, com papel fundamental no tratamento de boa parte dos tumores primários em adultos, visto que auxilia no controle dos sintomas e redução da lesão, consequentemente, aumentando a sobrevida do paciente.

Por sua vez, a quimioterapia contribui para prolongar a sobrevida em alguns casos de tumores no sistema nervoso central. É utilizada na maioria dos casos após a radioterapia, bem como em episódios de recidivas.

Novas modalidades terapêuticas vêm sendo estudadas e implantadas nos últimos anos, como o uso de exames moleculares na identificação de alterações genéticas que permitem escolher tratamentos mais específicos.

Pós-graduação em Neurologia

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