As doenças osteometabólicas são o desequilíbrio metabólico que afeta a saúde dos ossos. A falha no metabolismo acarreta no comprometimento da função óssea, e deve ser investigada.
Para seu bom funcionamento, as estruturas esqueléticas devem estar em constante dinâmica entre o consumo de massa óssea e sua renovação. A falha no tecido ósseo, impedindo essa renovação na mesma proporção do gasto, pode causar séria fragilidade. A seguir, conheça melhor as doenças osteometabólicas, suas classificações e diagnóstico dentro da especialização adequada.
Doenças Osteometabólicas: o que são?
O termo doenças osteometabólicas é referente ao conjunto de patologias causadas por transtornos do metabolismo ósseo, em que acontece a perda da massa dos ossos, resultando em sua fragilidade e elevando a incidência de fraturas naqueles indivíduos. De forma geral, a causa de uma doença osteometabólica está relacionada ao desequilíbrio entre a formação dos ossos e o seu remodelamento.
Incidência na população das doenças osteometabólicas
As principais doenças que pertencem ao grupo de doenças osteometabólicas envolvem a osteoporose, osteomalácia, raquitismo e outras. A osteoporose é a doença osteometabólica mais comum no mundo, afetando especialmente pessoas idosas. Desse modo, é a principal causa de fraturas, levando o indivíduo a deficiência grave, além de desconforto para aqueles que são afetados.
Atualmente, a osteoporose é considerada um problema de saúde pública. Na população brasileira, afeta aproximadamente de 35 a 52% das mulheres e 19 a 39% dos homens acima de 50 anos.
Responsáveis por episódios de fraqueza em idosos, as doenças osteometabólicas resultam em fraturas de difícil tratamento e cura, apresentando graves consequências para a qualidade de vida dessas pessoas.
Classificação de Doenças Osteometabólicas
As doenças osteometabólicas apresentam diferentes classificações entre seus tipos. A osteoporose pode ser dividida em osteoporose senil, osteoporose pós-menopausa e osteoporose induzida por uso de medicamentos.
Além dela, as outras doenças osteometabólicas são o raquitismo, osteomalácia (raquitismo que afeta pessoas adultas), hiperparatireoidismo primário e a doença de Paget.
Fatores de risco
A evolução das doenças osteometabólicas acontece de forma silenciosa, até que ocorra a primeira fratura em ossos. No entanto, em muitos casos, elas podem ser prevenidas e tratadas quando os fatores de risco são gerenciados. Desse modo, é importante estar atento para os fatores de risco que se correlacionam com as doenças. Entre os principais, estão:
- idade avançada;
- histórico pessoal de fratura por fragilidade;
- histórico familiar de fratura por fragilidade;
- sexo feminino;
- histórico de tabagismo (inibe a multiplicação dos osteoblastos);
- etilismo;
- uso de glicocorticoide;
- ingestão inadequada de cálcio, fósforo e vitamina D.
Além disso, o período pós-menopausa é um fator de risco. Tendo em vista que na menopausa o estrogênio, hormônio responsável pelo desenvolvimento de caracteres secundários, deixa de ser produzido, sendo um importante protetor inibindo a ação dos osteoclastos. É devido a essa diminuição que a perda óssea nos primeiros dez anos deste período é tão intensa e pode gerar o quadro de osteoporose.
Tratamento
Ainda não foi desenvolvido um tratamento responsável pela cura das doenças osteometabólicas. Dessa forma, para que as patologias sejam controladas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos, o acompanhamento médico com um reumatologista é fundamental.
Além disso, o tratamento indicado é de caráter multidisciplinar, e pode envolver áreas como nutrição, atividades físicas, medicamentos e, em casos mais graves, até mesmo cirurgia.
Prevenção
A melhor forma de prevenir as doenças osteometabólicas é por meio de um conjunto de hábitos saudáveis, como a realização de atividades físicas, exposição ao sol e consultas médicas periódicas.
Atividades físicas
As atividades físicas regulares são essenciais visto que colaboram para o remodelamento ósseo. Por isso, o paciente deve ser incentivado a manter caminhadas diárias de, pelo menos, 30 minutos, já que a mecânica do exercício é colaborativa.
Exposição solar
A exposição solar diária também é recomendada para prevenir as doenças osteometabólicas. Para que o corpo realize a absorção adequada de vitamina D, é importante manter a exposição de cerca de 15 minutos ao sol, sem protetor solar. No entanto, é preciso incentivar que a prática seja feita em horários adequados.
Acompanhamento médico
Outra forma de prevenir as doenças osteometabólicas é mantendo o acompanhamento médico periódico. Assim, o paciente pode realizar exames como a densitometria óssea, que ajuda a assegurar a saúde dos ossos e evitar o desenvolvimento de formas mais graves das doenças.
Diagnóstico
O diagnóstico das doenças osteometabólicas pode ser realizado por meio de exames laboratoriais que tenham como sugestão as alterações no metabolismo ósseo, ou mesmo diagnosticam doenças que afetam o metabolismo do indivíduo. Entre estes exames laboratoriais que podem apresentar alterações, podemos citar:
- cálcio e fósforo sérico e urinário;
- vitamina D;
- dosagem de paratormônio;
- fosfatase alcalina.
Já em relação aos exames de imagem, o profissional pode contar com o auxílio de radiografias simples dos ossos, como a densitometria óssea, exame capaz de medir a massa óssea. Além dele, a cintilografia óssea e a cintilografia das paratireoides também podem ser solicitadas.
É muito importante lembrar que nem todos os pacientes precisam realizar os exames citados acima. O médico responsável deverá ter como base a junção dos dados clínicos e exame físico para solicitar tais exames para o diagnóstico.
Para o diagnóstico adequado, cuidados e tratamento das doenças osteometabólicas, o reumatologista é o profissional mais indicado devido à amplitude de sua especialização médica para o tratamento de patologias do sistema locomotor.
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