As descobertas pioneiras de Sigmund Freud sobre a psique humana ainda fascinam o público em geral por mais de um século. Assim, mesmo que a psiquiatria já esteja instituída, ainda assim, muitas pessoas negam a sua necessidade e até mesmo apresentam certa aversão a ela. A esse fenômeno social chamamos de psicofobia.
Ao passo que, a prática psiquiátrica já passou por dias piores. Mas, hoje, com as novas tecnologias neurocientíficas e seus avanços devido a muitas pesquisas científicas, a psiquiatria vem renovando seu importante papel principalmente entre os mais jovens médicos. Desse modo, com o estigma que se apresenta, por um lado, por grande parte da população e por outro, dos próprios profissionais, a psicofobia tornou-se pesadelo para a área médica.
Em suma, a ligação da doença mental em cárceres de tratamento já são coisas do passado. Mesmo assim, este estigma ainda se vê presente quando ter problemas psicológicos pode ser um impedimento de aceitação social. Romper tais preconceitos e estigmas sociais é um dos desafios dos profissionais da saúde mental.
Os impactos da psicofobia na saúde pública
Não é surpreendente que pessoas busquem ajuda médica para uma doença física. No entanto, isso muda quando se trata de um distúrbio psicológico. Uma depressão, por exemplo, pode ser encarada como má-vontade, preguiça e fraqueza e não pelo que ela é: uma doença grave mas tratável.
Os impactos da psicofobia são vistos principalmente quando o paciente se recusa a buscar ajuda. E isso é um problema de saúde pública. Entre as principais consequências do impacto que o indivíduo tem por não buscar ajuda psiquiátrica incluem:
- resultados clínicos muito negativos e significantes;
- problemas relacionais com pessoas;
- violência;
- abuso de drogas;
- maior risco de recaídas;
- alto nível de stress físico e emocional;
- aumento dos custos de saúde;
- desemprego etc.
Para que as pessoas consigam ter uma adesão melhor aos tratamento psiquiátricos, é importante que elas passem a sentir seus benefícios reais, pela supervisão familiar, a boa relação com o profissional médico e com os demais agentes das equipes clínicas.
Assim, reconhecer e aceitar a doença pode ser o grande diferencial, já que o tratamento passa a ser visto como necessário para a melhoria da qualidade de vida.
Entendendo o que é psicofobia
A psicofobia é um termo recente que teria sido criado pela Associação Brasileira de Psiquiatria, logo após a morte do ator Chico Anysio. Ele mesmo inciou uma campanha contra o preconceito antes mesmo do seu falecimento. E, apesar do termo ser novo, o problema é antigo.
A triste realidade do preconceito
Em geral, trata-se de um preconceito contra pessoas que sofrem de problemas e transtornos mentais, e que são depreciadas socialmente. Tal preconceito é reconhecido pois quem submete essa discriminação, tem ciência das dificuldades e do desconforto patológico.
Esse preconceito atinge pessoas que deixam de ir a um psicólogo ou psiquiatra por medo do que os outros pensariam sobre o seu tratamento. O que, na verdade, tanto a visita a um psicológico mantém-se importante para a solução de dilemas pessoais e que devem ser experimentados por todas as pessoas, não apenas por aqueles que possuem transtornos.
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A importância para o tratamento psicológico e psiquiátrico deveria ter sempre o apoio de toda a sociedade. A psicofobia deve ser combatida e sua campanha deve ter como objetivo mostrar às pessoas que todos possuem algum problema ou outro, e é importante para o seu bem-estar buscar ajuda correta.
O perigo dos estereótipos
Esse preconceito pode ser baseada em vários fatores, tais como estereótipos do “louco”, pessoas autistas, com problemas de aprendizagem, TDAH, bipolaridade, esquizofrenia, distúrbios de personalidade, entre outros. Esse estigma pode ser tão prejudicial que pode impedir que pessoas realmente consigam sentir empatia ou permitir que a pessoa seja tratada com respeito.
As terminologias preconceituosas utilizadas minam automaticamente a credibilidade, por isso que são consideradas discriminatórias, ligando à psicofobia ao preconceito subjacente. Isso não apenas retarda a procura de ajuda para essas pessoas como também pode ainda agravar seus problemas.
Ou seja, alguém que sofre de psicofobia pode encontrar-se evitando aquilo que ela mais teme. E ela pode levar isso ao extremo, fingindo que não pode ser exposta aos outros de forma alguma. Essa preocupação excessiva com o que outras pessoas vão pensar e o pensamento irracional são provavelmente uma das principais causas da sua angústia.
Você também pode ajudar
Sabemos que grande parte importante do tratamento da psicofobia começa pelo apoio que a pessoa recebe de quem está perto, e isso pode ser tanto dos familiares quanto dos espaços sociais. Em razão disto, tanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) quanto o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Psiquiatria lançaram campanhas este ano (e ano passado) sobre o assunto. A ideia destas campanhas é sensibilizar a sociedade para a questão. Inclusive, o dia 12 de abril foi escolhido como o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, como incentivo destas campanhas de esclarecimento.
O combate direto ao preconceito deve ser feito educando quem reproduz informações errôneas. Fundamental é lembrar que a depressão leva as pessoas aos seus limites e que acaba aumentando o risco de mais transtornos
Um profissional psicoterapeuta ou psiquiatra poderá ajudá-la nisso. Por falta de informação, é comum que o preconceito surja de dentro dos lares e em ambientes sociais.
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